O altar
O centro de nossa fé cristã é o
sacrifício de Cristo, sua total entrega por nós confirmada pela Ressurreição e
o dom do Espírito. Ou, no dizer dos antigos santos Padres (Epifânio e Cirilo de
Alexandria): Cristo se tornou para nós a vítima, o sacerdote, e o altar de seu
sacrifício.
E pensar que esta entrega se
faz presente precisamente sobre o altar de nossas igrejas, toda vez que
celebramos o memorial da Páscoa, na santa Missa! Ou, como explicita a nova
Instrução Geral do Missal Romano: “O altar, onde se torna presente o sacrifício
da cruz sob os sinais sacramentais, é também a mesa do Senhor na qual o povo de
Deus é convidado a participar por meio da Missa; é ainda o centro da ação de
graças que se realiza pela Eucaristia” (n. 296).
Assim sendo, o centro de tudo,
sobretudo da assembléia reunida, o ponto de convergência e atenção, dentro do
espaço celebrativo, só tem que ser sempre o altar. E nada – e ninguém! – tem o
direito de “roubar-lhe a cena”. A razão é simples: O altar re-presenta
(traz-nos sempre presente à memória) aquilo que é mais sagrado para nós, Cristo
em sua entrega total por nós, ontem, hoje e sempre. O altar é uma memória
permanente de que “o altar é Cristo”. Deus nos manifesta a presença do
Sacrifício de Cristo na centralidade simbólica do altar. Assim sendo, a
primeira coisa que, de cara, deveria nos “encher os olhos”, já desde que
entramos numa igreja para a celebração litúrgica, é a visão do altar do
Sacrifício eucarístico, em torno do qual nos reunimos para o banquete pascal.
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