§ A
ÁGUA - A água simboliza a vida (remete-nos
sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode
simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o pecado).
§ O
FOGO - O fogo ora queima, ora aquece, ora
brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado
Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode
multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo
sobretudo da ação do Espírito Santo.
§ A
LUZ - A luz brilha, em oposição às trevas,
e mesmo no plano natural é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o
caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o
fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se
a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de
trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz
e, pois, a expressão mais viva da ressurreição.
§ O
PÃO E O VINHO - Símbolos do alimento humano. Trigo
moído e uva espremida, sinais do sacrifício da natureza, em favor dos homens.
Elementos tomados por Cristo para significarem o seu próprio sacrifício
redentor.
§ O
INCENSO - Como se falou no número 33, com sua
especificidade aromática. Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que
sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica.
§ O
ÓLEO - Temos na liturgia os óleos dos
Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do
Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do
gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo - além de
ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o gesto simbólico de
ungir. Tal também acontece com a água: ela supõe e cria o banho lustral, de
purificação, como nos ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do
"asperges", este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e
na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo. A esses
gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos
rituais". A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo
Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo
Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus. A
palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.
§ AS
CINZAS - As cinzas, principalmente na
celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós sinal de penitência, de
humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas
estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas
são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas
na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.
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