sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O Ano Litúrgico em Partes ( 1ª parte)

O Tempo Comum e sua espiritualidade
Vivenciando nossa caminhada litúrgica, adentramos a um novo tempo litúrgico, que trás no centro de sua espiritualidade o olhar pascal.

É importante antes de adentrarmos a temática do Tempo Comum, retomar o sentido do Ano litúrgico. Sua finalidade consiste em: Revelar o Mistério de Cristo no decorrer do Ano. Revelar o conteúdo essencial da fé da Igreja: O Mistério de Cristo. Propõe-nos um caminho espiritual. Celebrar a memória do Cristo Ressuscitado em duas realidades: De cada pessoa e de cada comunidade. Ajudar as pessoas a se encontrarem com Deus da história. Ser sinal sensível (sacramentum). Refletir sobre o “hoje da graça”: nos ciclos litúrgicos, no culto aos Mártires e no culto a Maria.

Existe um dado importante que encontramos no Dicionário de Liturgia: “O ano litúrgico não é uma idéia, mas é uma pessoa, Jesus Cristo e seu mistério realizado no tempo e que hoje a Igreja celebra sacramentalmente como ‘memória’, ‘presença’, ‘profecia’”

Por isso, o tempo comum, nesta sua primeira parte vem ajudar-nos a ver as atitudes de Jesus que começa a organizar seu trabalho pastoral, a comunidade dos discípulos, a apresentação da missão e o compromisso com o reino.

O Tempo Comum, é dividido em duas grandes partes. A primeira começa no dia seguinte à celebração da festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive. Nesta primeira parte, neste ano teremos 7 domingos do Tempo Comum. A Segunda Parte, recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1o. domingo do Advento ( Inicia com a 9ª semana do Tempo Comum e vai até a 34ª, com a Solenidade do Cristo Rei do Universo).

Se olharmos, o Tempo Comum, não é tão comum assim, pois exige de todos agentes litúrgicos e de toda assembléia celebrante uma busca intensa da espiritualidade. Hoje temos um grande trabalho a ser feito de reeducação do sentido dominical como: Dia de encontro da Comunidade; demonstrar que esta comunidade possui uma identidade, é a comunidade do Ressuscitado; encontro de Fé; celebramos a nossa Santificação e a Glorificação de Deus; na vida de comunidade, a nossa fé vai amadurecendo e ganhando sentido e demonstrar que nossa fé não ganha sentido no isolamento.

Desejamos que as equipes de celebração, possam nesta primeira parte do Tempo comum, perceber o sentido do Cristo que chama a participar de sua missão. Na beleza do rito e do ritmo de nossas celebrações, não nos preocupemos em enchê-los de “parafernálias”, mas de demonstrar o essencial do rito, que é o Mistério de Cristo.

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