Deus se comunica com a gente
através de sinais sensíveis. Ora, na celebração da divina Liturgia é que temos
um dos lugares mais excelentes em que Deus, no Cristo e pelo Espírito Santo,
comunica ao seu povo o dom de sua presença salvadora. Por isso, a Liturgia –
toda ela! – é feita de sinais sensíveis. Toda ela, em todos os seus detalhes,
tem – e deve ter! – sua indispensável dimensão simbólico-sacramental. A começar
pelo lugar físico em que acontece a celebração litúrgica.
Quatro são os elementos
fundamentais que não devem faltar na organização simbólico-sacramental do
espaço litúrgico, pelos quais nos é dado perceber da presença amorosa de Deus
na celebração da divina Liturgia. Valorizar a presença destes quatro elementos,
com seu sentido profundamente teológico, eis um dos grandes desafios a partir
da nova sensibilidade litúrgica despertada (resgatada!) a partir do Concílio
Vaticano II. Cristo está real e vivamente presente na Liturgia (cf. SC 7). Ora,
tal presença deve ser percebida, sentida, como que de maneira palpável, já
quando alguém entra num local preparado para uma celebração litúrgica, seja
numa igreja, seja em outro espaço. O próprio espaço celebrativo, com a
evidência destes quatro elementos fundamentais em destaque, deve nos comunicar
esta presença.
Comunidade N S de Fátima São Gonçalo - RJ |
A cadeira da presidência
Na verdade, quem preside a
Liturgia é o Cristo, na pessoa do presidente da assembléia litúrgica. O
sacerdote que preside a Eucaristia é o sinal sacramental de Cristo Jesus que
está presente, mas de maneira invisível. Ao presidir a celebração, ao elevar a
oração a Deus em nome de todos, ao explicar a palavra de Deus à comunidade, o
sacerdote atua em nome deste Cristo. Por isso ele preside, ou seja, ele se
senta diante de toda a assembléia, como representante do verdadeiro Presidente
e Mestre, que é Senhor Jesus. Para isso é que a Igreja o colocou diante de
todos, por mediação do bispo.
Assim sendo, para visualizar o
mistério da presidência de Cristo na pessoa do ministro (cf. SC 14), a Igreja
recomenda que se coloque em destaque a cadeira de quem preside. Como vemos na
nova Instrução Geral do Missal Romano: “A cadeira do sacerdote celebrante deve
manifestar a sua função de presidir a assembléia e dirigir a oração” (n. 310).
Em outras palavras, como já dissemos, a cadeira presidencial em destaque evoca
a presença invisível do Cristo que preside a Liturgia na pessoa do ministro.
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