1ª Leitura - 1Sm 4,1-11
Israel foi derrotado e a arca de Deus foi capturada.
Leitura do Primeiro Livro de Samuel 4,1-11
Salmo - Sl 43, 10-11.14-15.24-25 (R. 26d)
R. Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
Evangelho - Mc 1,40-45
A lepra desapareceu e o homem ficou curado
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,40-45
Naquele tempo:40Um leproso chegou perto de Jesus,e de joelhos pediu:'Se queres tens o poder de curar-me'.41Jesus, cheio de compaixão,estendeu a mão, tocou nele, e disse:'Eu quero: fica curado!'42No mesmo instante a lepra desapareceue ele ficou curado.43Então Jesus o mandou logo embora,44falando com firmeza:'Não contes nada disso a ninguém!Vai, mostra-te ao sacerdotee oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou,como prova para eles!'45Ele foi e começou a contare a divulgar muito o fato.Por isso Jesus não podia maisentrar publicamente numa cidade:ficava fora, em lugares desertos.E de toda parte vinham procurá-lo.Palavra da Salvação.
Reflexão Por:
Padre Bantu Mendonça K. Sayla
Pouco a pouco o Evangelho de Marcos vai mostrando quem é Jesus. O episódio de hoje é o terceiro milagre recordado em vista desse objetivo.
Já vimos, na I leitura, a situação de marginalidade em que se encontrava o leproso. Essa situação era mais grave no tempo de Jesus, pois tudo girava em torno do puro/impuro. Quem controlava esse rígido código de pureza eram os sacerdotes. Cabia a eles declarar o que podia ou não podia ter acesso a Deus. Deus estaria sob o controle dos sacerdotes e do código de pureza.
O leproso certamente sabia disso. Sabia também que sua vida – e sua libertação da marginalidade – não dependiam do Templo e dos sacerdotes, pois estes só constatavam a cura ou a permanência da doença em seu corpo. Diante disso, o leproso toma uma decisão radical: não vai ao sacerdote, e sim a Jesus. Ajoelha-se diante dele e pede: “Se quiseres, podes curar-me”. Reconhece que o poder da cura que o tira da marginalidade não vem da religião dos sacerdotes, e sim de Jesus. Notemos outro aspecto importante: ao invés de ficar à distância e gritar sua marginalização, aproxima-se e manifesta sua adesão a Jesus enquanto fonte de libertação e vida: “Se quiseres, podes curar-me”. Viola a lei para ser curado.
(...)
Não sabemos se a pessoa curada teve a coragem de testemunhar contra o sistema religioso que o mantinha na marginalidade. Marcos diz que o curado “foi e começou a contar e a divulgar muito o fato” (v. 45a). A reação a esse anúncio é evidente: Jesus não pode mais entrar numa cidade, pois, segundo o código de pureza, está contaminado e é fonte de contaminação. Todavia, de toda parte o povo vai procurá-lo, sinal de que está aberto um novo acesso a Deus. Deus, em seu Filho, pode ser encontrado fora, na clandestinidade, entre os que o sistema religioso e social discriminou.
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